sábado, 15 de dezembro de 2012

Abaixem as armas


Crianças de rua em São Paulo


A cidade está fria
Corredores vazios
Corações iludidos
E um sorriso sombrio.

A criança ainda sonha
No mundo perdido
Espera risonha
O amor prometido.

Larguem as armas
A lembrança é crua
Eram anjos sem asas
Correndo nas ruas.

Abaixem as armas
O caos e o medo
A vida disfarça
Cenários, enredo.

Sistemas e capital
Quem pode garantir
O sentido do real
E a existência do devir?

Desumano e banal
Avesso ao horizonte
Abarcado pelo mal
O mundo se consome.


Robson Muller .